sábado, 31 de dezembro de 2011

2011: Um ano inesquecivel // A memorable year

Histórias são feitas para serem compartilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...Desde 2008, tenho tido anos de muito aprendizado, mas 2011 superou todos eles. Como já bem falei no título desse post, 2011 foi incrível... se pudesse, eu não mudaria nenhum segundo sequer, pois vivi intensamente cada momento...
Tive curiosidade, tive medo, tive coragem... senti frio, senti calor... me arrisquei, me apaixonei, me diverti... viajei mais do que o planejado e fiz amigos para uma vida... Descobri que o ser humano é adaptavel a qualquer cenário e me coloquei a prova dessa descoberta. Sai de um intercâmbio da cidade fria e chuvosa de Bergen e fui para a cidade quente e seca de Tete. Sai do país que é o primeiro em IDH do mundo, e fui para o antipenultimo... E dai veio a descoberta que me fez mudar um pouquinho mais como pessoa: a essencia da felicidade não depende de dinheiro ou de conforto, mas sim de como você encara a vida ... Eu decidi encarar a vida de forma mais simples, não fazer muitos planos , mas sim correr atrás dos meus sonhos... Na passagem de ano não fiz nenhum pedido, seria injusto, pois estou vivendo uma das melhores fases da minha vida... assim agradeci a Deus por tudo...
Para finalizar, uma retrospectiva com as mehores fotos do ano...
I tried to translate this post... Stories are meant to be shared. Only in this way they propagate and perpetuate themselves ... Since 2008, I have had years of learning, but 2011 overcome them all. As has been said in the title of this post, 2011 was amazing ... if I could, I would not change even one second, because I lived intensely every moment ... I was curious, I had fear, I had courage ... I felt cold, I felt hot ... I took risks, I felt in love, I had fun ... I traveled more than I had planned and made friends for a life ... I discovered that human beings are adaptable to any scenario and I put myself to proof this discovery. I went from an exchange in a cold and rainy town of Bergen and went to the hot and dry city of Tete... And then came the discovery that made ​​me change a little bit more as a person: the essence of happiness does not depend on money or comfort, but how you view life ... I decided to face life in a simple way, not to make many plans, but chasing my dreams ... At the New Year's Eve I didn't make any wish, it would be unfair because I'm living the best phases of my life ... so I thanked God for everything ... Finally, a retrospective with the best pictures of the year ...

Semana de Recepção na NHH (Noruega) // Welcome week - NHH

Festa de Carnaval no frio noruegues // Carnival party
Não ver a Aurora boreal, mas passar por paisagens incriveis// Seek the North lights, don't find but still see wonderful views
Atravessar o Circulo Polar Artico//Artic circle
Preikestolen with Lilla, Bernie and Sasha
Viagem a Portugal para visitar a Mari// Trip to visit my sister in Portugal
17 de maio - Dia da Independencia// May 17th - National day
Viagem para os fiordes na Noruega//Fjord trip in Norway
Trabalhar na Vale Moçambique//Work at Vale Mozambique
Visita a Mina de Carvão// Visit to Coal Mine
Viagem para Zimbabwe// Zimbabwe trip
Mercado Kwachena// Kwachena market
Viagem para Capetown // Capetown trip



domingo, 11 de dezembro de 2011

O Comércio local

Desde a chegada da Vale, o comércio local de Tete se desenvolveu muito. É comum ouvir as pessoas que chegaram há mais tempo comentar: “Vocês que estão chegando agora tem sorte, agora tudo está mais fácil”. E realmente não posso reclamar, não passo vontade de comer quase nada, porque a maioria dos ingredientes achamos nos supermercados que abriram recentemente. Para a população local, se analisarmos com um olhar otimista, eles estão tendo acesso a produtos e novidades que nem poderiam imaginar. Contudo, como existe uma forte demanda dos trabalhadores vindos de outras partes, os preços chegam a ser abusivos e pouco acessível.

Assim, a população continua a utilizar o comércio local. E o comércio local significa estender um pano ou lona próximo a beira da estrada e colocar o produto a venda. Para quem quer maior variedade, há um mercado público, chamado de Kwachena (lê-se Cuatchena) . Nele, pode se encontrar de tudo: roupas usadas (chamadas de roupas de calamidade, pois são recebidas como doação de países de primeiro mundo, mas acabam em mãos erradas e sendo vendidas), frutas, legumes, carvão, comida, ervas medicinais e principalmente uma admirável felicidade.

O lugar não é atraente, tampouco bonito, mas quando eu falo em admirável felicidade, falo de pessoas sofridas que sorriem diante de uma máquina fotográfica. A primeira vez que fui ao Kwachena fui com um olhar de turista e uma máquina na mão e fiquei impressionada com as pessoas me abordando para tirar uma foto delas… Elas fazem pose, abrem o sorriso e depois pedem para ver a foto, e dai ocorre um momento mágico e contagiante: elas riem e se encantam com a própria foto…

Abaixo algumas fotos marcantes que peguei de uma colega e que valem a pena o registro!



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Primeiro mundo na Africa: Cape Town

Essa viagem ocorreu já faz um tempinho, mas acho que vale a pena registrar…
Como ficamos em Tete por muito tempo e com pouca opção de lazer, qualquer feriado é motivo para arrumar uma grande viagem. No dia 25 de Setembro, domingo, comemorou-se o Dia das Forças Armada de Libertação Nacional e foi feriado nacional. Aqui em Moçambique, muito inteligente que eles são, todo feriado nacional que cai no domingo é passado para segunda-feira, ou seja não se trabalha.
Assim, aproveitando essa oportunidade, resolvemos ir para Cape Town (Cidade do Cabo) … Fui com três pessoas incríveis que conheci aqui: Bruna, Gustavo e Motinha… Apesar de sermos muito, mas muuuuito diferentes, nós sabemos respeitar as nossas diferenças e na maioria das vezes fazer piadas delas. A nossa viagem começou sexta-feira e desde o inicio aproveitamos cada minuto… Quando chegamos no aeroporto de Johanesburgo já pude sentir a civilização, e como ela me faz bem… Comi comida japonesa e minha felicidade era incontrolável.
Chegamos em Cape Town um pouco tarde e fomos direto para o hostel. Esse hostel não satisfez o pessoal, pois eram 2 beliches e banheiro com a porta que não fechava direito. Me senti um tanto quando estranha, pois para mim estava OK, acho que estava com a cabeça de estudante ainda, que fica economizando até o último centavo (ainda bem que me livrei dessa vida..hehhe)
Na primeira noite, apesar de cansados, estávamos muito afim de sair… Fomos caminhando pela Long Street e tentamos achar uma balada descende, estávamos com expectativa alta, mas ficou um pouco a dever. Fomos à um Pub chamado Dubliner, que tinha música boa e estava divertido… No final, acabamos no McDonald´s (eita coisas simples de São Paulo que me fazem tanta falta!).
No sábado, acordamos cedo, tomamos café no McDonald´s (tinha panquecas, nem acreditei!) e fomos procurar um hotel. Tivemos sorte, pois encontramos um que custava apenas 15 dólares a mais que o outro e tínhamos quartos separados e café da manhã incluso. Fica a dica: Saasvel Lodge.
Alugamos um carro e para nos guiar, pegamos um folheto de propaganda de passeios turísticos e todos os pontos de interesse que ele sugeria, nós passamos. Partimos assim rumo ao Cabo da Esperança (Cape of Good Hope). As fotos falam mais que o detalhamento escrito...

Cape Point

Cape of Good Hope

Reserva de Pinguins

Restaurante Mama Africa

Camps Bay

Table Mountain (eu amo essa foto!!)

Waterfront

Gírias do português moçambicano

Nos primeiros meses que estava em Tete, tinha um habito moçambicano que me irritava muito... as pessoas do nada começavam a falar entre elas em inglês e eu não entendia a razão disso. Por muitas vezes cheguei até a pensar que eram coisas mais importantes que eles não queriam que todos na sala entendessem.
Foi quando um dia eu perguntei a razão, e eles me disseram que o inglês é fundamental aqui e que eles não tem muitas oportunidades de praticar no dia-a-dia e é por isso que eles conversam entre si, para ganhar fluência. E não é que eles estão certos? Por que não praticar o inglês no ambiente de trabalho? Todos só tem a ganhar!|!
Fiz essa introdução para apresentar uma lista de gírias do português moçambicano que recebi de um colega de trabalho. Muitas delas, por mais engraçado que pareça, são o aportuguesamento de palavras em inglês, como por exemplo, sempre quando estão ocupados, eles falam que estão busy e por aí vai as curiosidades:

Moçambicano não toma o pequeno-almoço... MATABICHA

Moçambicano não vai a festa... VAI À BATIDA

Moçambicano não veste... GRIFA

Moçambicano não trabalha... DJOBA

Moçambicano não luta... FAITA

Moçambicano não tem amigo... TEM BRÓ, BRADA

Moçambicano não é musculoso... É BIG

Moçambicano não tem dinheiro... TEM MOLA, TACO

Moçambicano não foge... DÁ GÁS

Moçambicano não tem bicicleta... TEM BIKE

Moçambicano não diz ate logo... DIZ FALAMOS

Moçambicano não tem muito... TEM MANINGUE

Moçambicano não vai ao ginásio... DJIMA

Moçambicano não imprime... PRINTA

Moçambicano não diz que é bom... É NAICE

Moçambicano não salta... DJAMPA

Moçambicano não vai para a fila... VAI BICHAR

Moçambicano não aprecia as coisas... ENJOIA

Moçambicano não joga... PLEIA

Moçambicano não beija... KISSA

Moçambicano não digita... TAIPA

Moçambicano não pede desculpa... DIZ SORRY

Moçambicano não apanha ressaca... FICA COM BABALAZA

Moçambicano não ve... TCHEKA

Moçambicano não vai... BAZA

Moçambicano não tem negocio... TEM BIZNE

Moçambicano não tem irmao mais novo... TEM 1 PUTO

Moçambicano não se zanga... FICA LIXADO

Moçambicano não fuma... SMOKA

Moçambicano não fica ocupado... FICA BIZI

Moçambicano não come pão... COME BRED

Moçambicano não acorda muito cedo... MADRUGA

Moçambicano não fica acordado a noite inteira... AMANHECE

Moçambicano não e rico...É FOLGADO

Moçambicano não organiza um churrasco...FAZ BRAAI

Moçambicano não fica sem dinheiro…FICA TCHONADO

Moçambicano não fica sem rumo...FICA MATRECO

Moçambicano não diz obrigado...DIZ TAMO JUNTO


Então, TAMO JUNTO!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia do Idoso e Dia do Coração

Desde que comecei a escrever o blog, ficava sempre na dúvida se poderia falar algo mais específico da minha atividade, contudo, participei de um evento que vale a pena ser registrado…

O evento de celebração do Dia do Idoso e do Dia do Coração, que ocorreu no dia 1 de Outubro (foto ao lado de 2 colegas de trabalho), foi uma das atividades que realmente me fez sentir num intercâmbio e perceber que diferenças culturais existem e são gritantes. Basicamente, a ideia do evento era realizar algumas praticas esportivas (caminhada e ginástica) e depois uma feira de saúde, com local para fazer doação de sangue, fazer teste de HIV e explicando como fazer uma mistura nutricional, como escovar os dentes, etc...

Até ai tudo bem, uma atividade como outra qualquer. Minha surpresa foi quando os cargos políticos da cidade começaram a fazer discurso sobre o assunto. Primeiro, eles evocam o nome de todos que estão no palanque (por volta de umas 7 pessoas) e todos que fizeram os discursos tem que evocar. Segundo, eles falam data e colocam o motivo do evento… de novo, todos fizeram isso… Dai realmente começa o discurso e lá vem as pérolas:

“ Todas as pessoas tem idosos na família… pessoas com mais de 50 anos devem ser respeitadas como idosos. Trabalham uma vida toda e com 50 anos querem paz, por isso os filhos devem acolhe-los em suas casas.” Como assim??? 50 anos idoso?? Filho ajudando?? No Brasil isso seria uma ofensa das piores….

E dai continua… “O pior são as pessoas que pensam que os idosos viram feiticeiros e começam a querer matar os filhos. Essas pessoas são ingratas, não sabem o que esses pobres já passaram. Apesar de ouvirmos casos de feitiços realizados por idosos, isso não é regra.”

Não satisfeito com isso, ainda falaram do coração e da necessidade de se fazer esporte: Aqui é difícil as pessoas praticarem algum desporto… se a gente vê alguém a correr na rua, logo pensamos que é ladrão!! Na hora só consegui pensar o que um moçambicano na Noruega iria achar das pessoas que saem correndo na chuva e na neve…

Idosos comendo a mistura nutricional... e é claro que eu não resisti em também experimentar!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Festa de Halloween … I am still learning II

Quando cheguei em Tete, fiquei hospedada por cerca de dois meses e meio no Hotel Zambezi. Não posso reclamar, pois é um dos melhores hotéis do cidade, mas morar em hotel é sempre um motivo para não se sentir bem, já que sempre fica a impressão de que estou de passagem e não faço parte do local. Quando me mudei para a Guest House, tive uma mudança perceptível. Lá são apenas 7 quartos e temos um quintal com piscina e uma cozinha. Além disso, eu comecei a ter algo que sentia falta: pessoas que me fizessem companhia. Lá encontrei a Bruna, uma menina que foi uma das primeiras trainees da AIESEC aqui e que me recepcionou muito bem desde o começo, virando uma grande amiga e confidente. Depois de pouco mais de um mês chegaram o Robson e a Tarsila…
Desde que nos juntamos, pensávamos em fazer um open house grande. Pensamos um pouco mais e achamos que seria interessante fazer uma festa de Halloween, já que a data era próxima do final do mês de Outubro... Perto da Guest, existe um bar chamado Gogopiro, e por ser um lugar aconchegante decidimos fazer a festa lá. Fomos conversar com o dono que prontamente aceitou em fechar o bar para nós sem cobrar nada, além de garantir uma caipinha no cardápio.
O grande problema começou na tarde da festa, quando o dono do estabelecimento me ligou dizendo que a festa só poderia ser lá, se nós pagássemos o equivalente a 2.500 reais. Fiquei nervosa como muito tempo não ficava… fiquei com raiva do país e da falta de palavra e organização das pessoas, enfim hoje dou risadas do acontecido, mas na hora eu queria explodir Moçambique… Apesar disso, nós não desistimos e fomos, com menos de 4 horas do inicio da festa, negociar com o dono. No final ele cedeu a um valor equivalente a 250 reais. Nós colocamos a decoração e fomos nos arrumar.
Estava muito ansiosa no inicio da festa, pois percebi que não consegui manter o equilíbrio em uma situação simples no qual eu deveria focar na solução e não ficar com raiva ou stressada. Só consegui me acalmar quando percebi que as pessoas mais queridas estavam lá comigo, com fantasia criativas e que estávamos todos nos divertindo. O melhor de tudo mesmo foi o final da festa que acabou na piscina da guest como os moradores tinham planejado…
Naquela noite, ficou a certeza de que se as coisas não dão certo, o melhor é relaxar e curtir… quando se planeja muito, gera-se expectativas que muitas vezes não podem ser cumpridas, então deixe rolar, pois assim você terá uma noite para ficar marcada por muito tempo!


PS: Claro que esqueci de falar da minha fantasia… em homenagem a esse país louco, estava de moçambicana!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Conferência da AIESEC em Maputo... I am still learning



No final de semana de 21 a 23 de Outubro depois de quase 4 meses de Moçambique, finalmente conheci Maputo. Sai na quinta-feira a noite de Tete e quando cheguei ao aeroporto estavam duas meninas da AIESEC me esperando. Estava empolgada e tive um feeling muito legal de como se tivesse começando o meu intercâmbio novamente, pois tudo estava sendo novidade. As meninas me deixaram na casa da Ligia, uma brasileira que foi do MC de Moçambique e que agora também é trainee na Vale. Ela me recepcionou da melhor forma possível e me fez sentir em casa, como uma verdadeira aieseca faz e como muitas vezes eu fiz com as pessoas que iam para conferências em São Paulo e ficavam em casa. Fomos jantar em uma pizzaria (detalhe da pizza gigante) com mais 2 aiesecos e depois ficamos até tarde contando histórias de conferências e de experiencias de EBs. Me senti entre amigos de longa data!
Na sexta-feira acordei cedo e encontrei a Lauren, outra trainee que também mora em Tete. Fomos em um parque que tem uma feirinha e as duas ficaram loucas! Comprei muitas coisinhas com cara de África para mandar de lembrancinha para o Brasil. Depois disso, almoçamos em um restaurante italiano que me fez delirar com a salada de salmão e quiche. A tarde fomos passear no shopping e comecei acreditar que Moçambique não é Tete, e que Maputo é uma cidade grande e tem infra-estrutura como tal.
No sábado começou oficialmente a conferencia para os trainees. As 9:00 estava programado para encontrarmos todo o pessoal para irmos para a Reserva Especial de Maputo, no qual segundo um booklet que recebemos, havia 240 elefantes e espécies como o antílope, cabritos vermelho e cinzento, hipopótamos , crocodilos do Nilo, etc.
O primeiro sinal de que o passeio não iria dar certo foi o atraso de quase 3 horas do chapa. Chapa é um transporte utilizado em Moçambique, normalmente são vans ilegais que fazem o papel do transporte público. O nosso chapa contratado acabou atropelando uma velhinha e precisamos aguardar por um outro. Assim nossa aventura começou as 12h. Ficamos cerca de duas horas chacoalhando no carro até pararmos em um bar de beira de estrada para almoçar. Cardápio único: Gazela com arroz ou chima (papa de farinha parecida com a nossa polenta). Optei por comer apenas a chima. Nesse bar tive provavelmente o primeiro ápice de choque cultural.
Quando chegamos no lugar tinha um bêbado e um louco. O bêbado ficou só falando alto na língua local, mas o louco subiu na árvore e em certo momento veio perto da mesa e pegou o braço de uma menina. Não senti medo, mas senti um incomodo profundo, uma rejeição da comida, do local, do momento. Queria estar no meu conforto, pois estava muito calor e eu não estava gostando da situação. Como eu estava ciente de que faz parte do processo de aprendizagem, tentei me acalmar e conversar com as pessoas que estavam juntos.
Mais meia hora e chegamos na tão esperada reserva. Contudo, a pessoa que estava na porta fez duas perguntas simples: O carro tem tração nas 4 rodas? O motorista já veio aqui alguma vez? E é claro que a resposta foi não. Ou seja, não poderíamos entrar na reserva. Tentamos negociar ainda, mas o policial responsável da reserva não foi nada flexível, pois estavam ocorrendo “caça furtiva” no local e eles estavam investigando. WTF???
Meu segundo ápice de choque cultural ocorreu nesse momento. Como ninguém ligou para perguntar como se fazia o passeio?? Cade o planejamento? Como você coloca 15 pessoas em uma van e não sabe nem onde vai almoçar? Como, como e como?? Mais um suspiro e relaxei… aqui é assim, eles simplesmente não sabem planejar e executar. E os que sabem são muito bem sucedidos…

Tiramos apenas uma foto de recordação do passeio! O bom de tudo isso é que o grupo foi muito aieseco e ninguém perdeu o bom humor… até mesmo na hora que o carro atolou na areia e tivemos que empurrar. Mas o meu dia ainda estava por ser salvo. No caminho da volta, tivemos que pegar uma balsa e lá tinha um cara com um pau cheio de vidros de esmaltes. Ele pinta a unha das pessoas na rua! E é claro que mulher que é mulher muda de humor quando tem as unhas feitas…. Eu nem precisei sair da van para ele começar o trabalho que demorou menos de 10 minutos e custou 50 meticais (R$ 2,50).
Chegamos no local da conferencia e as pessoas estavam se preparando para o jantar de gala. Nós não tínhamos um quarto pronto ainda e eu quis xingar um, mas o meu eterno espírito de OC não me permitiu…
O jantar de gala foi legal e deu um feeling bom de acreditar na AIESEC, de ver vidas sendo impactadas e de deixar todo o resto de lado e mais uma vez querer acreditar que nós somos fodas! Me senti como uma trainee tal como nunca tinha sentido antes. Senti orgulho de pertencer ao meu CL querido e de ver durante a apresentação a foto do nosso segundo trainne, o Ivan, um moçambicano que ficou 3 meses no Brasil, trabalhando na Odebrecth.
Depois do jantar, começou a festa… Não uma festa do estilo conferencia brasileira, mas um festa que foi ótimo pois foi completada por brasileiros.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alguns dias de trabalho na Beira

Semana passada tive a oportunidade de ir trabalhar por alguns dias na Beira. Beira é a capital da província de Sofala e a segunda maior cidade de Moçambique. Todo o carvão retirado da mina de Moatize é escoado por uma ferrovia de cerca de 530 km até o porto da cidade. Minha área tem um representante que está fazendo o mapeamento das comunidades próximas da ferrovia e dos responsáveis por elas, para minimizar os possíveis acidentes no percurso.
Viajei junto com a minha colega de trabalho. Chegamos a cidade as 17:30 e fomos diretamente para o Hotel Sena. Apesar de não conhecer nenhum hotel em Maputo, confesso que me surpreendi pela qualidade e limpeza do hotel. No dia seguinte, acordamos e fomos caminhar na rua. Depois tomamos café e em menos de 5 minutos estávamos na empresa (em Tete é pelo menos 40 minutos). A manhã de trabalho rendeu bastante, e a tão esperada hora do almoço chegou. Fomos almoçar no restaurante do Clube Náutico. O local fica na beira da praia, e é claro, como uma boa caipira, não resisti em tirar os meus sapatos e ir colocar os meus pezinhos na água do Oceano Índico. O camarão que comi, a paz do lugar e a brisa do mar fizeram meu almoço muito especial.

No dia seguinte, fui conhecer o porto. A impressão que tive é que tudo lá ainda é um grande canteiro de obras. O meu colega que me acompanhou na visita, não cansava de afirmar que cada vez que ele vai lá existe uma coisa nova e que a empresa realmente está melhorando as condições do porto. Esse mesmo colega, nasceu na Beira e nos contou um pouco das curiosidades do local: Os portugueses construíram o porto e se estabeleceram com suas famílias na cidade, causando assim um boom nas atividades comerciais. A cidade prosperou com o porto e atraiu pessoas de diferentes comunidades étnicas. Com a independência de Portugal em 1975, a maioria dos portugueses deixaram a cidade. Entre 1976 e 1992, Moçambique foi devastado por uma guerra civil e Beira foi um dos principais centros dessa guerra. Como consequência, foi totalmente degradada. Quando se anda pela cidade, é possível observar casarões e prédios abandonados que provavelmente foram da elite portuguesa. O maior exemplo dessa degradação é o Grande Hotel (foto ao lado), que durante a guerra civil tornou-se campo de refugiados e hoje é invadido e habitado por pessoas que vivem em condições precárias.
Assim, acredito que os brasileiros que chegam com a ferrovia e o porto trazem a esperança de revitalização dessa cidade que me encantou.














quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Meu primeiro final de semana não trabalhado - Viagem ao Zimbabwe

Aqui nós trabalhamos aos sábados das 8:00 as 12:00. Contudo, no último sábado do mês, após o pagamento do salário, existe o tão esperado SÁBADO NÃO TRABALHADO. Normalmente, as pessoas planejam uma viagem por algum lugar próximo.
No meu primeiro Sábado não trabalhado eu fui para Harare, no Zimbabwe. Como fazia apenas um mês que estava no país e ainda não estava familiarizada com os nomes, fiquei na dúvida se era um Estado próximo ou se realmente era um país.
Zimbabwe é um país com população de 12,5 milhões de pessoas e que tem Robert Mugabe como presidente há 27 anos. A moeda é dólar zimbabuano, mas como a inflação é altíssima (segundo o wikipedia: É a economia que apresenta a maior taxa de inflação do planeta), eles também utilizam dólares americanos como moeda. E que por sinal é muito sujo devido ao fato que as notas descartadas ou não mais utilizadas nos EUA acabam vindo para o país.
Mas vamos a viagem… Saímos no sábado de madrugada, eu ainda estava bem lenta quando o meu chefe passou para me pegar e fomos encontrar o pessoal. Depois de quase 2 horas de viagem chegamos a fronteira onde passamos sem maiores problemas. Mais duas horas de viagem e estávamos em Harare. Fizemos o check in no Holiday Inn. Almoçamos no próprio hotel e fomos fazer o meu primeiro safari na África. Dentro do onibus passamos próximos de alguns leões. Para falar a verdade fiquei um pouco decepcionada, porque tinha uma expectativa um pouco maior, mas para mim o passeio me lembrou uma ida ao Simba-safari quando eu era criança.
Depois disso, fomos andar em um parque. Lá sim eu encontrei algo que me surpreendeu. Havia uma tartaruga de 500 kg e cerca de 300 anos de idade. Ela ficava dentro de uma toca estranha, mas eu fiz questão de entrar para tocar e tirar uma foto. A segunda coisa que me impressionou foi um macaco. Ele estava comendo e os movimentos de escolher a comida eram muito similares aos nossos.
No final da tarde, passamos em um supermercado. E foi aí que eu percebi quanta falta fazia um pouco mais de civilização. Sentia vontade de comprar um monte de coisas que não achamos com tanta facilidade em Tete. Fomos para o hotel e jantamos. Eu estava cansada e logo fui dormir, ou quase isso. Depois de um mês na África, já me convencendo de que estava imune, tive a minha primeira noite de rainha. Do cama para o trono a noite toda!! E daí me vem a cabeça uma frase que o ouvi logo quando cheguei: “O desafio aqui é cagar duro!”
No domingo, fomos fazer um outro safari, dessa vez caminhando. Entramos numa área, onde pudemos ver uma girafa a menos de 100 metros, além de zebras um pouco mais afastadas. Almoçamos e pegamos a estrada de volta Tete… Foi um ótimo primeiro final de semana não trabalhado!

domingo, 2 de outubro de 2011

Moçambique: Depois de 3 meses

Ontem completei 3 meses de Moçambique e por incrível que pareça, apesar de ter tempo livre nos finais de semana ainda não tive coragem para recomeçar a escrever esse blog. Mas, apesar disso, fica sempre no pensamento que eu quero ter um lugar no futuro para relembrar o que eu passei de bom em Moçambique. Por isso, a partir de hoje, tentarei fazer um post por semana, resgatando algumas situações passadas e atualizando com novas.
Bom como a maioria das pessoas sabem, quando voltei da Noruega eu queria um desafio maior e comecei a procurar vagas da AIESEC… A Índia não me quis e acabei parando em Moçambique… Não tive muito tempo para pensar e em menos de 20 dias estava chegando para trabalhar na área de Desenvolvimento Social na Vale Moçambique, no Distrito de Moatize, Tete! Tive pouco tempo de me despedir da família e amigos e parti com um sentimento de que apesar de tudo estava fazendo a escolha certa.
Resgatei alguns email para contar como foi a minha chegada aqui...
Meu primeiro susto e impressão da África foi no quando cheguei no aeroporto de Maputo e abri a minha mala e percebi que tinham roubado meu laptop e 200 dólares. Minha vontade era chorar e pegar o primeiro voo de volta, mas ainda bem que ao sair da sala de desembarque encontrei um aieseco amigo que me acalmou.
Depois disso tive quase 5 horas de atraso para o meu voo para Tete e é lógico que não tinha ninguém no aeroporto me esperando. A minha sorte que eu conheci um menino que conhecia outra pessoa que me deu carona e me deixou no hotel. O mais engraçado de tudo isso é que como VPTM eu sempre perguntava nas entrevistas: O que você faria se quando chegar no país de destino não houver uma pessoa te esperando no aeroporto?
Eu senti muito medo e tive meu primeiro choque: do aeroporto para o hotel só tinha pessoas e lugares feios. O quarto do hotel era OK, mas a minha primeira noite não foi nada boa… estava muito cansada e me deu um aperto grande no coração, uma vontade de voltar para o meu conforto e tranquilidade. No dia seguinte uma alma boa veio me encontrar e mostrar o quarteirão do hotel onde estou morando…
No meu primeiro dia de trabalho pude começar a entender um pouco melhor o que iria fazer. No local onde a empresa está fazendo a exploração do carvão moravam famílias e elas tiveram que ser removidas para um reassentamento. A minha área é responsável por esse reassentamento, ou seja, todas as ações de educação, cultura, saúde, esporte a gente que organiza. A ideia é ensinar essas pessoas a plantarem, a usarem camisinha, a depositarem o lixo no lugar correto, etc.. Ou seja, a Vale busca criar sustentabilidade para essas comunidades…
Acho que para um primeiro post já escrevi demais, mas valeu pela lembrança dos meus primeiros dias… Por enquanto só posso dizer que está valendo muuuuito a pena e que estou vivendo intensamente cada momento por aqui!!
Fica uma foto marcante do por do sol africano que me encanta todos os dias!

domingo, 6 de março de 2011

Festa de carnaval e viagem para cabana

O meu final de semana de "Carnaval" foi digamos diferente! Primeiro, porque aqui não existe Carnaval, então, para não ficarmos na vontade, eu a Ana começamos a planejar a nossa festa de Carnaval! Enviamos o convite pelo facebook e checavámos a cada 10 minutos para ver quantas pessoas viriam...
No dia da festa (04/03/2011) , fui para o centro da cidade em busca de material para fazer a decoração. Entrei em uma papelaria e qual não foi o meu susto quando eu vi o preço de UMA cartolina: 35 coroas = 10 reais. Sim uma cartolina que no Brasil custa 0,30 centavos! Já estava pensando que a nossa festa não ir ter decoração, mas não desisti. Fui para um outro shopping e fui na única loja que acredito que os preços são justos, ou pelo menos pagáveis... lá encontrei fica de presente e papel colorido e assim que voltei para a casa comecei o meu processo criativo...

Fiquei certa de 3 horas cortando máscaras e depois a Ana me ajudou a colocar na cozinha! Não querendo ser convencida, mas a decoração ficou linda e perfeita!!!

A festa foi divertida e nós colocamos bastante músicas de samba para ensinar para o pessoal e bebemos muuuitas caipirinhas!
No dia seguinte, limpei a cozinha, arrumei a minha mala e fui para a CABIN TRIP... basicamente nós escalamos para chegar em uma cabana/casinha no meio do nada (com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada)...
O lugar era lindo e muito calmo... Passamos a tarde "brincando" e a noite vieram os drink games e a festa. O mais lindo e marcante foi o céu estrelado a noite, acho nunca vi na minha vida algo tão natural e impressionante, além de estar em boa companhia com amigos!
No domingo, o meu único desejo era um chuveiro e um banheiro descente, pois o único lugar que tinhamos como banheiro era um buraco! E eu não esperava tal aventura em um lugar desenvolvido como a Noruega! E detalhe, para descer foi mais que uma aventura... a descida estava muito escorregadia, eu fiquei com muito medo e descidi descer escorregando e meu bumbum claro, ficou roxo e queimado!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E a vontade louca passou, mas quem sabe volta...

Bom depois de pensar, refletir e pensar novamente sobre a minha vontade louca relacionada à AIESEC, decidi alguma vez na vida ser racional pelo simples fato de que nunca tive dúvidas na @, sempre o que fiz, fiz com muita certeza e dessa vez havia mais incertezas do que certezas... Incertezas do tipo: será que quero me dedicar mais um ano incondicionalmente? será que a minha experiencia vai ser tão foda para superar a minha XP com o EBoarding? será que sei lidar bem com noruegueses e aceitar as fraquezas dos CLs? como vou me motivar em relação a tudo isso?
E no final de toda essa reflexão vinha a seguinte dúvida: por que não me aplicar para o Master aqui? Não seria mais útil na minha profissão? E foi isso que decidi como prioridade na minha vida, me apliquei como primeira opção para International Business e segunda opção para Marketing... o resultado deve sair em aproximadamente um mês e pouco e por enquanto estou estudando firme nas matérias...
Mas eu não desanimo da AIESEC... sexta passada foi a eleição de LCP aqui, nada complexo, pouco inspirador, mas mais uma pessoa que vai ter a chance de aprender e se desenvolver com a @... E por falar em inspirador, fazia uns 2 meses que não chorava com um e-mail da @, mas hoje minha irmã conseguiu tal façanha... segue o e-mail:

Queria contar um acontecimento
Para quem não sabe, estou fazendo um intercâmbio acadêmico pela PUC, antes de fazer o meu pela @. Estou na cidade do Porto,
em Portugal. Aqui temos duas @s. Como ainda estou resolvendo problemas burocraticos com as matérias que vou cursar, nem tive
tempo de ainda descobrir ainda onde ficam os CLs...pois nenhum fica no meu campus
Mas estava hoje eu na faculdade, até que passei por uma mesinha com um cartaz azul escrito Estágios Internacionais, mas na hora eu tava tão distraída que pensei nossa que massa isso né, parece algo que eu conheço, ai voltei para traz para ler o cartaz e estava lá: AIESEC. Duas meninas sentadas na mesinha, com varios papeis em cima e com uma certa cara de perdidas. Ai pensei comigo né, vou chegar lá e fazer de conta que quero me increver. Mas na hora que cheguei perto da mesa, me deu uma emoção, coração começou a bater mais forte e tipo passou um filme sabe, quando eu era membra e ficava na mesinha, quando eu era VP e ficava lá na mesinha, e ai quando eu era LCP e via a doideira do PSEL.
Me apresentei as duas membras, elas ficaram toda sem jeito e me convidaram para ir ao CL, outro dia eu vou. Mas ai ela falaram da AIESEC como uma paixão tão grande, que se eu não conhecesse eu teria prestado o PSEL dessa tal organização de jovens líderes...
Portanto, depois disso a única coisa que queria falar é vocês estão na @, pois amam essa organização, portanto demonstrem isso as pessoas ao seu redor que vocês, mostrem essa PAIXÃO que dessa forma terão um PSEL fodasticooo...BOA SORTE @PUC, estou com
os dedinhos cruzados aqui para que tudo de certo...
Saudades de todos....
Beijao

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

UNITE - AIESEC Conference in Copenhagen

Um pouquinho atrasado o post, mas com coisas boas a serem compartilhadas...
Dia 26/01 as 21hs peguei o avião junto com mais 9 aiesecers noruegueses para Copenhagen, estava indo para o UNITE, ou seja, a conferencia no qual a Noruega, Dinamarca e Suécia se reunem para eleger os seus MCPs e dar voto de confiança aos MCs. Chegamos tarde e eu estava cansada, por isso me confortei com um chocolate quente do hostel.

Na manhã seguinte, após andarmos mais de 30 minutos perdidos para acharmos a CBS (Copenhagen Business School), chegamos ao Day 0 da Conferencia, ou seja, Youth to Business. Nem preciso dar mais explicações, igual ao do Brasil: empresas querendo seduzir os estudantes e falando coisas que já sabemos! Bom, nesse dia almoçamos bem, fiquei surpesa, pois essa não é a fama das conferencias na Europa, mas a janta não deixou dúvidas... tivemos uma marmita com um pouco de macarrão, uma maçã e uma lata de coca... só!
No Day 1, a situação em relação a comida começou a piorar um pouco, vide foto ao lado. Não me perguntem o que é a coisa preta, pois ninguem soube me explicar, mas me responderam que era muito saudável, parecia mesmo comida de passarinho... mas era comer ou ficar com fome. Daí já viu, começou o meu mal humor. E quem disse que não existe choque cultural? Eu percebi na hora que estava com raiva de tudo: da comida, das pessoas meio sem reação, do frio...
Tivemos a open plenary com os rolls calls, nada muito surpreendente e tudo muito desorganizado. O da NHH foi um dos que o pessoal mais vibrou, mas ninguém levantou o bumbum da cadeira para dançar. Fomos para a primeira sessão do dia, e minha felicidade voltou rápido quando descobri que não era a única brasileira na conferência... O chair das eleições da Noruega seria um brasileiro que foi MCP aqui no ano retrasado, o nome dele é Sérgio, mais conhecido no Brasil como Jota. Fui conversar com ele em um dos intervalos e ele me disse que tinha mais brasucas, ou seja, a hora que você levanta uma pedra, sai todas as formigas... Mas sim, esses 5 brasileiros salvaram a minha conferencia, que tinha tudo para ser muito boring...
Tivemos ainda uma sessão funcional, que me deixou surpreendida com a falta de preparo dos membros e principalmente dos VPs... eles apresentam dúvidas simples e cruciais! E daí começou a vontade louca (volto a falar dela mais para frente). Depois dessa sessão, entramos no onibus rumo à uma escola no qual passaríamos os próximos 3 dias. Eles capricharam no almoço no onibus para compensar o café da manhã. Acho que nunca tinha comido um sanduiche tão grande e tão delicioso.
Chegando na escola, o processo de eleições se iniciou, e diferente do que acontece no Brasil, aqui eles elegem o MCP deles em uma tarde/noite. Simultaneamente, os 3 países começaram o processo. Na Noruega, tínhamos apenas um candidato, o Andreas, atual MCVP ICX. O Sergio foi um chair fenomenal, ele conseguiu passar toda a energia positiva brasileira ao candidato e como estávamos com tempo sobrando, pudemos dançar muitos roll calls, incluvise alguns brasileiros como Go Girls e Baila, baila comigo (não conseguia não pensar nos meninos da ITA, principalmente GG, dançando)... Bom, depois de duas horas, tínhamos o MCP Noruega 2011/2012 eleito. Daí veio a parte do voto de confiança para MC. Eram 6 candidatos, mas apenas uma pessoa da Noruega, os outras eram internacionais. Os candidatos tiveram que montar um vídeo de 5 minutos de apresentação pessoal, e tinha uns vídeos que eram muito engraçados, eu cai na gargalhada e não conseguia me conter. No final das contas, apenas a candidata da Noruega foi eleita MCVP OGX. E daí, a vontade louca apareceu novamente... essa vontade louca de não parar agora, de saber que eu ainda posso contribuir mais e aprender mais com AIESEC. Acho que não teria muitas chances de ser MC no Brasil, pois tenho apenas 1 ano e meio de AIESEC e muito déficit de conhecimento... mas aqui na Noruega, eles estão tão dentro da caixa deles, que fiquei com a sensação que sim eu posso ajudar e sim eu quero ajudar e é por isso que estou em uma semana de reflexão na minha postulação para o second round de MC Norway... Ah e só um parenteses, AIESEC PUC estou acompanhando tudo por e-mail e vocês só me enchem de orgulho e me fazem sentir cada vez mais inspirada...
No último dia a noite, tivemos um jantar de gala e OC PAC MAN, essa parte do meu post é para vocês.... eles eram 16 OCs para menos de 300 pessoas e mesmo assim não deram conta. O jantar de gala foi um desastre como o nosso, mas nós conseguimos com todos os nossos sorrisos fazer com que as pessoas esquecessem das coisas que deram errado e tenho certeza que esse foi nosso maior diferencial! Aqui eles cantam uma musinha fofa para o OC: "We love the OC, we love the OC, we do love the OC"... "How much?" ... "This much" (e daí as pessoas abrem os braços bem grande).
Depois do jantar, nós fizemos o Nordic Circle, uma tradição da AIESEC, no qual eles fazem uma roda, pegam uma garrafa de bebida, abrem e pisam na tampa e somente quando a garrafa termina é que as pessoas podem sair da roda. Eles começam cantando uma música e cada pessoas que pega a garrada tem que falar algo bom ou ruim sobre as pessoas que estão no circulo.... Segue a letra da música:
We’re Nordics, We’re Nordics
We’re far way from home,
We’re highly obnoxious
So leave us alone
We drink when we’re thirsty
We drink when we’re drunk
We’re drink ‘till we’re motherless
And have a good ti ai ai aim
Sing, sing, arriba arriba
We live it up, We live it up
We live it up, we do
So give us some Absolut!

Bom para finalizar o meu post, eu quero dizer que só no Brasil a gente sabe fazer a conferência ser uma das XP mais fodas, pois a gente trabalha muito durante o dia, mas também faz muita festa durante a noite...

AIESEC NHH


brasucas e latinas