domingo, 11 de dezembro de 2011

O Comércio local

Desde a chegada da Vale, o comércio local de Tete se desenvolveu muito. É comum ouvir as pessoas que chegaram há mais tempo comentar: “Vocês que estão chegando agora tem sorte, agora tudo está mais fácil”. E realmente não posso reclamar, não passo vontade de comer quase nada, porque a maioria dos ingredientes achamos nos supermercados que abriram recentemente. Para a população local, se analisarmos com um olhar otimista, eles estão tendo acesso a produtos e novidades que nem poderiam imaginar. Contudo, como existe uma forte demanda dos trabalhadores vindos de outras partes, os preços chegam a ser abusivos e pouco acessível.

Assim, a população continua a utilizar o comércio local. E o comércio local significa estender um pano ou lona próximo a beira da estrada e colocar o produto a venda. Para quem quer maior variedade, há um mercado público, chamado de Kwachena (lê-se Cuatchena) . Nele, pode se encontrar de tudo: roupas usadas (chamadas de roupas de calamidade, pois são recebidas como doação de países de primeiro mundo, mas acabam em mãos erradas e sendo vendidas), frutas, legumes, carvão, comida, ervas medicinais e principalmente uma admirável felicidade.

O lugar não é atraente, tampouco bonito, mas quando eu falo em admirável felicidade, falo de pessoas sofridas que sorriem diante de uma máquina fotográfica. A primeira vez que fui ao Kwachena fui com um olhar de turista e uma máquina na mão e fiquei impressionada com as pessoas me abordando para tirar uma foto delas… Elas fazem pose, abrem o sorriso e depois pedem para ver a foto, e dai ocorre um momento mágico e contagiante: elas riem e se encantam com a própria foto…

Abaixo algumas fotos marcantes que peguei de uma colega e que valem a pena o registro!



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