domingo, 11 de agosto de 2013

The Kingdom of Swaziland

Sempre prometo e nunca consigo finalizar os meus post no tempo correto. Resolvi então fazer uma lista de todos os lugares que já viajei na África e farei uma força tarefa para postar os locais que não quero que caiam no esquecimento... Aqui vai minha última viagem...

Dia 7 de Abril, em Moçambique, é feriado do dia da Mulher Moçambicana e como um bom feriado que caiu no domingo, segunda-feira também foi feriado. Eu e a minha companheira de casa a Ana Claudia, sexta-feira, pegamos um avião e fomos para Maputo rumo a uma aventura daquelas que merece um post.
Dormimos em um hotel em Maputo chamado Turismo (que eu não recomendo) e no sábado de manhã alugamos um carro. Passamos pela orla da praia e aproveitamos para tomar uma água de côco...

Água de côco no carro
Pegamos a estrada para a Suazilândia, também conhecida por Suazi e oficialmente chamado de Reino da Suazilândia (em inglês Kingdom of Swaziland). É um país de 1,2 milhões de habitantes e uma área de 17.364 km², fazendo fronteira com Moçambique e África do Sul. Passamos pela fronteira tranquilamente, e a um custo de 50 rands (USD 5,80). Fomos devagar, apreciando a bela paisagem e parando em vários lugares para tirar fotos.  


Montanhas próximas do hotel

Chegamos no hotel quase no finalzinho da tarde. O hotel se chama Foresters Arms (http://www.forestersarms.co.za/) e altamente recomendo. Ele fica no meio das montanhas e é charmoso e muito aconchegante. O clima estava friozinho, o que me fez lembrar Campos do Jordão... que saudades que eu estava do friozinho e por isso aproveitamos muito...
O jantar também ficou marcado. Um menu com pouca coisa que entendíamos, por isso pedimos para trazerem tudo... as porções eram pequenas e deliciosas, além de um vinho para acompanhar.

Jantar com vinho e a luz de velas
O charme e simpatia do hotel ainda se estenderam para a manhã seguinte, no qual as 6h30  (horário marcado por nós) recebemos chá e café no quarto. Aproveitei e ainda de pijama saí na varanda do quarto para apreciar o frio...

Chazinho cedo no quarto

Fizemos o check out no hotel e pegamos a estrada para os lugares turísticos. 

1ª parada: Ngwenga Glass factory, uma fábrica de vidros que produz peças incríveis com 100% de vidro reciclado e feitos a mão. Dá vontade de comprar tudo, o grande problema é que é difícil levar as peças para a casa!

Vidros coloridos e de diversas formas

2ª parada: Ngwenga Mine, uma mina de ferro considerada a mais velha do mundo. Nela pode-se visitar um museu e observar a história e área em que era lavrado o minério.

"Usina" antigamente - Museu da Mina de Ngwenga

3ª parada: Swazi Candles Craft Centre, um local com diversas lojinhas de artesanatos, no qual a mais famosa é a loja de velas. Assim como na loja de vidros, fiquei encantada, com a a variedade de cores e criatividades nas velas. A diferença dessa vez foi que me arrisquei a comprar um elefantinho.  

Velas dos BIG 5

4ª parada: House on Fire, almoçamos em um restaurante próximo desse local exótico de eventos. Comi uma saladinha daquelas que não vemos em Tete e a diversão do nosso almoço foi o cardápio itinerante.   


Lousa com cardápio itinerante

5ª parada: Mantenga Cultural Village, esta foi nossa última parada e apesar de estarmos cansadas o lugar nos surpreendeu com 3 atrações. Paramos na entrada onde compramos o ticket e nos informaram que dentro de 1 hora haveria um show de dança tradicional e que deveríamos ir primeiro à uma cachoeira. Após uns 15 minutos de estradinha e uns 5 minutos caminhando encontramos a Mantenga Fall.

Deu até vontade de entrar na água
Após uma hora, fomos para o show de dança tradicional e ficamos encantadas com a batida da música e trajes típicos.




Finalmente, guiadas por um local, visitamos a área da vila, que ainda hoje é moradia de algumas pessoas. Durante o passeio, pudemos ouvir diversas curiosidades sobre a cultura local e acredito que a que mais nos surpreendeu foi que um homem da Suazilândia pode ter quantas mulheres ele conseguir sustentar. O rei, por exemplo, tem atualmente 13 esposas e 27 filhos.

Ocas, com portas viradas para sentidos opostos


Precisei abaixar um pouquinho para entrar
Seguimos viagem para próximo à fronteira onde dormimos em um hotel. Acordamos cedo e antes das 10h00 da manhã estávamos em Maputo. Passeamos no shopping e depois almoçamos no famoso restaurante Zambi, e sinceramente minha opinião: caro e pouco satisfatório pelo preço.

Camarão tigre
Voltamos revigoradas para Tete!!!

"A verdadeira arte de viajar...
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"
Mario Quintana

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fazer acontecer: quando eu tive orgulho de ser Moçambique no Brasil...



Este é um post para contar de uma experiência que provavelmente eu nunca pensei que poderia acontecer...Tudo começou no final de Setembro de 2012, quando o novo diretor, então recém chegado em Moatize, nos deu uma diretriz de que deveríamos começar imediatamente a implementação do CCQ.
CCQ???? Sim, os Círculos de Controle de Qualidade são grupos onde voluntariamente, os trabalhadores desenvolvem ideias criativas para melhorar o desempenho, custo e aumentar a eficiência dos produtos e trabalho. 

Nós começamos os treinamentos internos da nossa equipe e depois de um mês estávamos preparados para dar treinamentos aos grupos que se formavam rapidamente.Veio o final do ano e com ele toda a correria de ciclos se fechando, mas os grupos continuaram trabalhando a todo vapor.
O ano de 2013 começou com o anuncio de que deveríamos realizar uma convenção da nossa diretoria para definir o melhor grupo, que posteriormente iria para o Brasil representar Moçambique na convenção da Vale. Mais uma correria, e o grande desafio de organizar em 2 meses uma convenção que entraria para a história. E sabe aquele discurso famoso do Steve Jobs que diz que os pontos das nossas vidas vão se conectar e as coisas que vivemos hoje só entenderemos no futuro? Então, essa convenção veio me mostrar isso, pois muitas vezes eu me questionava durante as conferências da AIESEC o que eu estava fazendo lá? E agora eu só tenho a agradecer tudo o que aprendi e que pude usar na convenção do CCQ. 
No dia 13 de Março, foi então que o desafio e todo esforço veio a prova no 1º Encontro de Melhoria Contínua da DICM. Com o tema "O nosso sucesso começa aqui", o evento reuniu 12 grupos de diferentes áreas que apresentaram trabalhos nas categorias Geral e Saúde e Segurança. O vídeo abaixo mostra a emoção que foi o evento.




As apresentações do grupos Maningue Nice e Tindhopfos, ganhadores da categoria Geral e Saúde e Segurança respectivamente, fizeram tanto sucesso que o diretor quis ao invés de apenas apresentar também competir no Brasil. 

Coordenação do CCQ da DICM

Uma semana depois, no dia 21 de Março, 14 moçambicanos e 3 brasileiros embarcaram rumo a Belo Horizonte. Ao chegar em Minas Gerais, tivemos a oportunidade de durante 2 dias fazermos um pouco de turismo por Belo Horizonte, Ouro Preto e Mariana.

Brasileiros e moçambicanos em Ouro Preto


Em frente ao local onde Tiradentes foi enforcado 
Entrando no trem turístico da Vale de Mariana à Ouro Preto



No dia 25 de Março, viajamos rumo ao hotel Tauá, em Caeté, local onde foi realizado o V Encontro de Melhoria Contínua da Vale. Nesse dia, os dois grupos ensaiaram incessantemente e tal como ocorria nas conferências da AIESEC, as pessoas e grupos de todos os lugares do Brasil iam chegando com seus sotaques, tradições e principalmente uma animação incrível!
No dia 26 de Março, o dia do tão esperado encontro, todos os grupos vestiram suas camisetas de torcida e nós, como não tivemos tempo de confeccionar uma própria, compramos as famosas camisas do Mandela. E como elas fizeram sucesso! Colorida como a África, as camisas nos identificavam e em todos os lugares que 2 ou 3 de nós parávamos para uma foto, já vinha uma pessoa pedindo para tirar uma foto com a gente. Também fui abordada diversas vezes por pessoas curiosas em saber como é a vida em Moçambique. E como era legal contar sobre a alegria deles, o nosso grande desafio e o aprendizado que a gente com eles.

Camisa do Mandela fez um sucesso 

As 16h15, o grupoTindhopfos entrou no palco com um auditório "transbordando" de pessoas que vibravam com cada palavra, cada movimento. A tecnologia ajudou e o pessoal que estava em Moçambique conseguiu, ainda que distorcido, assistir as apresentações por skype. Após essa apresentação, todo o público correu para o outro auditório para ver a apresentação do Maningue Nice, que também foi um sucesso. Mais uma hora de espera, e finalmente a divulgação dos resultados... e o grupo Tindhopfos nos encheu de orgulho ao levar o caneco de terceiro lugar na categoria de Saúde e Segurança!!! (eram 15 grupos experientes competindo)
Durante todo o dia, mas especialmente nesse momento, eu tive um sentimento único, inexplicável... era um orgulho enorme, que parecia que o coração ia sair pela boca e dava vontade de gritar que eu moro em Moçambique e que eu amo cada dia o meu trabalho aqui, que cada esforço, cada stress vale muito, mas muito a pena. Já fizemos história na Vale Moçambique!
Um último comentário vem de um e-mail recebido de uma gerente moçambicana agradecendo à Coordenação de CCQ por mostrar ao mundo a África/Moçambique de um modo positivo e vencedor; diferente do que as pessoas estão acostumadas que é a guerra, a pobreza e a fome... Na realidade, somos nós os brasileiros que devemos agradecer a vocês por abrirem as portas e permitirem juntos fazermos com que esse país cresça e apareça para o mundo!

Tindhopfos (significado: os elefantes) recebendo o prêmio

If you want to go fastgo aloneIf you want to go far, go together.”

"Se você quer ir rápido, vá sozinho; se quiser ir longe, vá acompanhado." - Provérbio Africano

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Retrospectiva 2012

O ano de 2012 me guardou muitas surpresas boas. Já que o meu objetivo com esse blog é que no futuro eu possa relê-lo e lembrar dos sentimentos mais intensos que vivi, resolvi assim como em 2011, fazer através de fotos uma retrospectiva dos melhores momentos do ano. Alguns lugares que visitei ainda merecem um post e a medida que a preguiça no final de semana me permitir, vou escrevendo para não perder as informações!

03 de Fevereiro: Viagem para Vilanculos 

07 de Abril: Descoberta da comunidade de Capinga

13 de Abril: Formatura da Mari

05 de Maio: Celebrando os meus 25 anos

24 de Junho: Viagem ao Malawi


05 de Agosto: Passeio no Rio de Janeiro
08 de Setembro: Safari na Zambia 

08 de Setembro: Safari na Zambia

18 de Outubro: Colação de Grau EAESP-FGV

03 de Novembro: Festa de Halloween

14 de Dezembro: Festa da Vale

24 de Dezembro: Natal em família, Tete-Moçambique

28 a 31 de Dezembro: Viagem em família, Africa do Sul

Foto favorita do ano, quando dois anjos se encontram... by Fernanda Brito


Viva como se não houvesse amanhã; ame como se nunca fosse se machucar; trabalhe como se não precisasse do dinheiro e dance como se ninguém estivesse olhando.