terça-feira, 7 de abril de 2015

Cape Town, um belo início para 2014

Após dois anos e meio morando a trabalho em Moçambique, resolvi que queria novos desafios na minha vida. Mas antes de voltar definitivamente para o Brasil resolvi que queria passar uma temporada em Cape Town e fazer um curso preparatório para o TOEFL. Comecei as minhas buscas pela internet e a equipe do Eurocentres (http://www.eurocentres.com) me atendeu com atenção especial. O custo-benefício era ótimo e acabei fechando para ficar 15 dias em uma casa de família.
Cheguei a Cape Town no dia 5 de Janeiro e conforme combinado havia uma pessoa no aeroporto me aguardando para levar até a minha moradia. Já fiz intercâmbio em outros lugares e acredito que ficando em uma casa de família você aprende muito mais sobre a cultura, além de poder praticar por mais tempo o seu inglês. E dessa vez não foi diferente, fui recebida de braços abertos pela Alfos’s family e depois de algumas horas já era considerada integrante da família.

Eu e a Zofia (filha da família) fazendo arte


O bairro em que fiquei hospedada chama-se Bo-Kaap. Trata-se de um bairro multicultural habitado principalmente por mulçumanos, com mais de 10 mesquitas e casas romanticamente coloridas. Na escola me contaram que a população pensa em pintar suas casas, da mesma forma que as mulheres escolhem um vestido para ir à uma festa, ninguém quer usar o mesmo vestido. Portanto, não há duas casas pintadas nas mesmas cores. Isto foi especialmente importante durante o período do Apartheid, quando o governo impôs restrições sobre o população do bairro, que foi classificada como negros. Assim, a pintura de suas casas foi uma maneira que eles podiam se expressar.
No primeiro dia de aula, fiz uma avaliação escrita, outra oral e depois fomos à um tour pelas redondezas da escola. Aos poucos fui conhecendo as pessoas, que se tornaram grandes amigos durante o curto período de tempo. 
Eu escolhi fazer o curso preparatório para o TOEFL, assim tinha aulas regulares de manhã e 3 dias a tarde aulas específicas para o TOEFL. Uma questão que vale muito a pena ressaltar é o sotaque. Para quem é iniciante em Inglês pode parecer a pior coisa do mundo, mas ouvir diferentes sotaques foi ótimo para mim. Tinha professores descendentes de britânicos, outros descendentes de negros, alguns de países vizinhos como Zimbabué (que também fala Inglês)... Dai você já viu, treinar o ouvido foi essencial. 
A escola organizou diversos passeios para pontos turísticos, mas como eu tinha pouco tempo, acabei focando em estudar. Depois que fiz o teste ainda fiquei alguns dias na cidade e conheci lugares que amei com a turma da escola. Recomendo:

1) Cape Town Stadium: palco de jogos da Copa do Mundo de 2010, fui com a turma da escola assitir Africa do Sul X Mali.


2) Passeio nas vinícolas: contratamos um taxi de 7 lugares e fomos passeando por essa região maravilhosa. Sugiro parar na vinicola chamada Delheim, melhor vinho do mundo! E se tiver um tempo extra, vale a pena caminhar na cidade de Stellenbosch.




3) Long Street: tem pub chamado Dubliner que fica na Long Street, tem bastante brasileiro, mas a musica é muito boa. Aliás sugiro caminhar um dia a noite por toda Long Street.



4) Cubaña: um bar com drinks exóticos, tem vários lugares na cidade


5) Two Oceans Aquarium: localizado no Waterfront, conta com uma variedade de peixes e atrações interativas, como essa de colocar o seu corpo dentro do aquario



6) Cape Town Carnival: trata-se uma celebração da identidade africana, sua diversidade cultural e comunidades. Durante todo o mês de Janeiro, blocos saem nas ruas dos bairros tocando e fazendo festa (igualzinho ao Brasil!)





Frase em um onibus: 

"A viagem nunca é longa quando a liberdade é o destino"
"The journey's never long when freedom's the destination"







sábado, 4 de abril de 2015

Um ser cosmopolita: O meu muito obrigada à Moçambique!

Para falar um pouco como eu me senti pelos 2,5 anos que morei em Moçambique, vou utilizar uma definição que acho interessante, o cosmopolita: "O cosmopolita é aquele que tem a necessidade de se envolver com o Outro. Ele possui uma abertura para experiências culturais divergentes, na busca de contrastes. As viagens internacionais não são suficientes para tornar alguém um cosmopolita. Um cosmopolita não negocia com outra cultura. O estado de um cosmopolita seria encaixado no processo de transculturação, adquirindo uma nova cultura sem que a antiga seja esquecida ou superada. Um processo totalmente de desenraizamento, sem interesses pessoais de cunho profissional ou econômico, apenas a vontade de conhecer o desconhecido."
Pensei em contar nesse post todos os momentos difíceis que passei, mas eles foram tão pequenos perto de todos os momentos bons e pessoas maravilhosas que conheci. O meu MUITO OBRIGADA A MOÇAMBIQUE, esse país que me acolheu tão intensamente... Esse post é para ser pequeno, apenas o meu vídeo de despedida e uma frase que usei no post quando completei um ano lá...


Deixei a minha casa para começar uma aventura, uma aventura que daria um livro, um filme, uma novela ou apenas uma aventura que com certeza já mudou a minha vida... 



Victoria Falls: um Patrimônio da Humanidade na África

Uma das principais atrações turísticas da África, as Cataratas Victória (ou Victoria Falls em ingles) localizam-se no rio Zambezi, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbábue. Os nativos chamam-a de Mosi-oa-Tunya, que significa “fumaça que troveja”. Em 1989, essa atração turísticas foi definida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
Para fazermos essa viagem, reservamos cerca de 3 dia e decidimos como sempre dormir em Maputo para valer a pena o tempo. Uma dica que vale a pena checar: os melhores hotéis ficam no lado do Zimbábue, contudo as passagens aéreas para o lado da Zâmbia são quase 50% mais baratas. 
Você já esteve em 4 países diferentes no mesmo dia? Eu já e vou explicar o porquê. Acordamos em Moçambique e pegamos um vôo para a África do Sul e de lá um outro para a Zâmbia. Chegando na Zâmbia cruzamos a fronteira para o Zimbábue, onde ficava nosso hotel. E em todos os lugares recebemos um carimbo no passaporte! 
A cidade possui diversos hotéis luxuosos, contudo optamos por ficar em um hotel mais simples e bem localizado. Ele se chama Cresta Sprayview (www.crestasprayview.com) e eu recomendo. Outra recomendação que nos ajudou muito foi a agencia que faz todos os passeios chamada Shearwater (www.shearwatervictoriafalls.com). Além das belíssimas quedas d’água, na região pode-se aproveitar para realizar safáris, ver elefantes, leões e antílopes, fazer rafting, voar de helicoptero, pular de bungee-jump e realizar passeios de barco no Rio Zambezi.

No dia que chegamos, 17 de Setembro de 2013, fizemos o passeio chamado Evening Land of the Giants, no qual andamos em um elefantes, fizemos um safári e depois tivemos um jantar delicioso com carne de búfalo. Vou deixar as fotos falarem um pouco sobre a experiencia.

Elefantes aguardando para o inicio da Safari

Vou assumir que deu um medinho

Uma das minhas fotos favoritas
Rinoceronte branco
No dia 18 de Setembro, optamos pelo passeio chamado a Bridge Too Far, que incluia visita guiada ao parque, um passeio de helicoptero e um passeio de barco. Victoria Falls é a maior queda d’água da África, com altura variando de 61m a 128m. Cerca de duas vezes mais profunda e duas vezes mais larga (1,7km) que as cataratas do Niágara. No período de cheia são mais de 500 milhões de litros de água por minuto passando pelas cataratas. Em largura, Mosi-oa-Tunya é maior cortina de água do mundo, chegando a alcançar os 1708 metros. Em altura, com 99 metros, só perde para as Cataratas do Iguaçu, no Brasil. Mais fotos...
Entrada do parque 

Um quadro comparativo das 3 maiores cascatas do mundo

Paisagens lindissimas
Pela tarde fizemos um passeio de helicoptero, que não há palavras para descrever.

Preparando para entrar no helicoptero
O último passeio do dia ficou por conta de um cruzeiro romantico pelo Rio Zambezi com um pôr-do-sol divino.


Mas o dia especial ainda não tinha acabado, faltava ainda uma surpresinha... Fomos jantar no famoso restaurante The Boma.


Uma capulana para acompanhar

Carne de crocodilo





Queria dizer o que disse, e disse o que eu queria dizer...
O elefante é cem por cento fiel!

                                                Trecho de Água para Elefantes, de Sara Gruen


domingo, 1 de março de 2015

Cahora Bassa: Ugezi Tiger Lodge, Casindira Lodge e Moringa Lodge

Quando se pensava em um final de semana diferente em Tete, a primeira e única opção que se tínhamos era o Songo/Cahora Bassa. A barragem de Cahora Bassa situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete. Trata-se da 5ª maior barragem do mundo, sendo hoje o maior abastecedor de energia hidroelétrica de África, beneficiando dela a África do Sul, o Zimbabwe, o Botswana e em breve o Malawi. 



O Songo é onde se situa a sede da empresa Hidroelétrica de Cahora Bassa. Trata-se de uma vila que em tudo se confunde com a própria história do gigantesco empreendimento. De Tete ao Songo são cerca de 120 km (cerca de 2 horas) de paisagens típicas com machambas (terrenos de cultivo agrícola), árvores secas e casebres de palha. Nos finais de semana, é possível ver comunidades reunidas perto de bares e em volta de um som dançando e fazendo muita festa.


Quando cheguei em Tete em 2011, o único local para hospedagem no Songo era o Ugezi Tiger Lodge (www.ugezitigerodge.com). Famoso pelo peixe tigre e pelos passeios de barco para pesca, ele é o que fica mais próximo do centro da cidade e da barragem. Nos passeios de barco é possível chegar bem próximo da barragem e claro ver muitos crocodilos e hipopótamos. 
A acomodação é em chalés com pouca infraestrutura (e muitas aranhas). O lodge tem em sua recepção diversos esqueletos de animais como crocodilo e elefante. 

Esqueleto de crocodilo
Em 2013, descobrimos mais dois lodges novos. O primeiro é o Moringa Bay (www.moringabaylodge.com) que fomos em Agosto de 2013 com grandes amigos. O lodge é novo e simples, mas com paisagens incríveis. Os chalés tem cozinha e panelas para se cozinhar. Quando fomos, o restaurante ainda não estava aberto, mas fizemos a nossa comidinha e nosso churrasquinho. A atração principal fica por conta da exuberante piscina com borda infinita para o lago. 



Piscina e lago

E claro que não posso esquecer de um pôr-do-sol belissímo!


O outro lodge é o Casindira Lodge, meu favorito! Ele é o mais distante (cerca de 4 horas), mas também o mais exclusivo. Tive a oportunidade de ir 2 vezes e iria muitas outras se pudesse. A pessoa responsável pelo local é um irlandês chamado Barry, que pode ser facilmente localizado pelo e-mail casindiralodge@gmail.com. 
A primeira vez que fui foi no final de semana do meu aniversário. Saímos cedo de Tete e depois de um probleminha no escapamento do carro, chegamos para o almoço. Para chegar ao lodge, a única maneira é através de um barco, emocionante. O lodge fica em um penhasco e possui 5 chalés e acredito que ficamos no melhor. A vista da varanda era indescritível e tanto o nascer como o pôr-do-sol nos deixaram boquiabertos.

Nascer do sol da varanda do quarto
No preço da diária, cerca de 225 dólares por casal, estava incluso 3 refeições e um passeio de barco. A comida era deliciosa e o pão fresquinho deles nem se fala. 
Fizemos o passeio no final da tarde para ver o pôr-do-sol e até demos uma arriscada (sem sucesso) na pescaria.


Uma das atrações do local é a criação de crocodilo (chamado de fazenda de crocodilo) para a venda do couro. O local tem exclusividade para a coleta de ovos em época propícia da margens do Rio Zambezi. O que achamos mais curioso é o preço do couro, que se tiver uma boa qualidade, pode chegar a mais de 100 dólares por cm2. 



Um pouquinho do passeio de barco pode ser visto nesse vídeo abaixo. A parte mais difícil do passeio é ter que ir embora desse paraíso de tranquilidade.




A vida é como a correnteza de um rio. Água que vai e não volta.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ile Mauricie: praias paradísiacas, cultura exótica e luxuosos resorts

Ile Mauricie, Mauritius ou Ilhas Mauricio, mais um destino inesquecível que recomendo fortemente. Desde que cheguei na África, tinha planos de conhecer esse local que é famoso por ser um destino para casais de lua-de-mel. E os pombinhos não se arrependem do investimento. 
Esse país de extensão de 2040 km² e cerca de 1,3 milhões de habitantes não pertence a nenhum continente, ele é considerado um país independente do oceano Índico.


Quando estava pesquisando preços e passagens, achei um pacote no Expedia que oferecia vôo e hospedagem por um preço inferior aos oferecidos por outras empresas. Fica a dica!
Para que o tempo da viagem valesse a pena, dormimos em Maputo e pegamos um vôo cedo para JHN no dia 28 de fevereiro de 2013. Já na sala de embarque, começamos a entender o que nos esperava, havia muitos casais sofisticados e velhinhos com aquele jeito de muito ricos.  Na mesma manhã, pegamos um vôo da Air Mauritius de 4 horas para a Ilhas Maurício.

Com a diferença de fuso horário chegamos no país já a noite. Pegamos um taxi e em cerca de 40 minutos cruzamos de um lado ao outro do país, e o mais divertido de tudo, ouvimos um "Nossa, nossa, assim você me mata. Ai se eu te pego, ai, ai se eu te pego."
Ficamos hospedados no Paradise Cove Hotel & Spa (http://www.paradisecovehotel.com/).

Quarto Deluxe
Quando chegamos no hotel, ocorreu um erro na reserva e eles nos confundiram com um outro casal. No final das contas, conseguimos um upgrade no quarto e ficamos em um quarto com uma sala e sacada privada que dava para uma praia particular do hotel. Impossível ser melhor.
Como já era tarde, quase não conseguimos pegar o restaurante aberto, mas o garçom deu um jeito e nos atendeu. No cardápio em inglês, eu quase não entendi nenhum prato. O garçom nos vendo discutir em português o que iríamos comer, entendeu a palavra bife, e mesmo não aparecendo no cardápio, ele nos ofereceu essa opção. Foi nesse momento, que percebi que iríamos receber tratamento VIP, que talvez nunca mais em nossas vidas receberíamos algo parecido.
Uma das coisas que mais aprecio em hotéis é o café da manhã. E esse era especial, do restaurante podíamos ouvir o barulho do mar e sentir a brisa acalmante, além da vasta opçāo de frutas tropicais e pães doces e salgados.

Com a barriga cheia, fomos explorar o hotel e as paisagens. O hotel exótico é marcado pela decoração em estilo indiano e por sua exclusividade nos serviços. 
Deixando as preocupações e o ritmo frenético do quotidiano para trás, relaxamos na calmaria da praia de águas mansas e convidativas. O mar azul turquesa que movimenta e toca sem pressa as rochas e as pequenas faixas de areias finas e claras fez a gente ter a certeza que se existe um lugar para se chamar de paraíso na terra, era aquele lugar e aquele momento. 


Praia de águas mansas e mar azul turquesa




Os coqueiros estão por todos os lugares e como bom brasileiros, fomos pedir um côco. Fomos informados que naquele momento eles não tinham, mas que no dia seguinte voltassemos que eles iriam apanhar para nos servir.
O hotel possui 4 diferentes restaurantes, almoçamos os dois dias no Indigo Restaurant, principalmente pela vista exuberante.


Após o almoço, fomos fazer um passeio de barco que tinha uma parte de vidro no qual podíamos ver as algas e peixes no fundo do mar.
O hotel oferece a opção de todas as refeições inclusas, mas optamos por não utilizar para que tivessemos mais flexibilidade de conhecer outros lugares no jantar. Na primeira noite fomos a Grand Baie. Um pequena cidade com restaurantes e lojinhas de artesanatos. O espetáculo ficou por conta do pôr-do-sol que parece pintura. 

Uma pintura de Deus, sem photoshop
O segundo dia amanheceu um pouco chuvoso. Demos um passeio pelo hotel e quando o sol abriu, fomos dar um mergulho no mar. Fomos surpreendidos pela qualidade do serviço do hotel, que não esqueceu nossa água de coco. Felicidade que não tinha fim!
Depois de ficarmos um pouco na praia, fomos aproveitar a piscina, que era de borda infinita e deixava a sensação de que estávamos ainda dentro do mar. Uma frase que vale a pena registrar: Se um dia eu fui pobre, não me lembro! 


Nesse dia fomos jantar em Port Louis, a capital e maior cidade do país. Trata-se de uma cidade de porto, que não tem praias, mas que tem o Le Caudan Waterfront, um centro de entretenimento que fica em frente ao porto. 

Port Louis

No último dia acordamos muito cedo para ir embora, e o hotel nos surpreendeu mais uma vez. Eles haviam nos preparado um café-da-manhã antecipado. Demos uma ultima olhada para o azul de beleza indescritível daquele mar e agradecemos. Fica a deliciosa lembrança dessa viagem....   


"Tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível"

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Família na África: Sun City e Pilanesberg - parte 3

Continuação...


Chegamos no final do dia 29 de Dezembro de 2012 em Sun City (http://www.sun-city-south-africa.com/). Um luxuoso e extravagante resort situado 190 km de Joahanesburgo e próximo do Pilanesberg National Park. O resort conta com 4 diferente hotéis para todos os tipos de budget. Ficamos hospedados no Sun City Hotel. Ele possui restaurantes, lojas, centro de convenção e um cassino. E o melhor de tudo, provavelmente o maior e mais repleto café-da-manhā que já tomei na minha vida. Tinha desde pāes doces e salgados, omeletes e panquecas feitos na hora, até comida indiana e chinesa. 
Chegamos no final da tarde. Após o check-in fomos jantar no Entertainment Centre e demos uma volta para conhecer o cassino do nosso hotel. Aparentemente o local parecia muito sofisticado, mas havia uma quantidade incontável de indianos sem educaçāo que estragou um pouco o glamour.

Cassino no Sun City Hotel

No dia 30 de Dezembro, madrugamos para fazer o primeiro safari em família. As 5h00 já estavamos no carro rumo ao safari. Parque Nacional de Pilanesberg, também conhecido como Pilanesberg Game Reserve, é o quarto maior parque da África do Sul e um dos principais locais para observação de animais no país. Logo no começo do safari, vimos um rinoceronte, o que fez com eu completasse a lista dos Big 5 já vistos. 
Após o Safari, fomos conhecer o imponente Place of the Lost City Hotel, ou simplesmente The Palace. Com 6 estrelas, ele é hotel mais luxuoso do complexo e provavelmente da África do Sul. Na entrada, nos informaram que apenas pessoas hospedadas nele poderiam entrar. Contudo, com um "jeitinho africano" conseguimos visitá-lo. 

Entrada do The Palace

A decoração do hotel intimidante e exótica nos chamou encantou. Os principais salões são de mármore e há esculturas de animais por todos os lados. Chegamos até a cobertura, onde se pode ter uma visão 360 graus do complexo.

Cobertura do The Palace
E a nossa aventura continuou... As 16h00 iniciamos um safari exclusivo e que eu recomendo. A empresa (www.gametrac.co.za) oferece essa a opçāo de um carro menor e exclusivo, o que nos permitiu realmente sentir a emoçāo de um safari noturno. O nosso guia, um senhor de 60 anos, nos revelou após uns 10 minutos, que era nascido no Brasil, mas que morou desde pequeno na África do Sul.e que sabia quase nada de português. Mesmo assim, ele foi super simpático conosco e nos deu uma colher de canja para vermos o rei da selva, o leão bem próximo.


A única foto que tiramos juntos durante o safari
Minha família viu 4 dos Big 5, faltou apenas o búfalo. O nosso guia também explorou os pequenos animais, e deixou com que um camaleāo subisse no meu braço. Eu fiquei com um pouquinho de medo, confesso! Para finalizar a noite, jantamos em um lodge no meio da selva!

O camaleão e eu!

No dia 31, as 4h30 da madrugada, eu e minha irmã estavamos na porta do hotel para o que deveria ter sido a maior aventura de toda a viagem. Minha irmã organizou todos os passeios saindo do Brasil, e comprou um safari de balão. Contudo, o dia amanheceu com ventos desfavoráveis e chuvoso, e não conseguimos fazer o passeio. Tínhamos a opção de reagendar, mas íamos embora no dia seguinte. Ficamos só na vontade para uma próxima aventura!
Vestimenta de tribo africana
Durante a manhã, fomos conhecer a Cultural Village. Um local onde pessoas de diversas tribos africanas apresentam seus modos de moradia e falam um pouco sobre as curiosidades culturais, além de mostrarem roupas, adereços e artesanatos.  Depois há experimentação de uma bebida de cevada e, claro, larva. Eu não perdi a oportunidade de experimentar algo exótico. Na verdade não senti gosto ruim nenhum, pois a larva é oferecida com um molho de tomate, mas quando mastiguei foi possível ouvir o crunch, crunch do dente. Para finalizar houve uma apresentação de dança, no qual o público foi convidado para dançar também.

Vai uma larva aí?

O último lugar que fomos conhecer foi o The Valley of the Waves, um parque aquático dentro do resort, sem custo adicional para quem está hospedado. Infelizmente não conseguimos aproveitar essa atividade, pois estava muito quente e nāo estavamos com biquíni. Mas aconselho para quem for com mais tempo. Descansamos um pouco a tarde, para estarmos dispostos a noite.
Optamos por fazer a ceia de reveilon em um resturante do hotel e depois caminhar para o the Valley of the Waves onde foi a queima de fogos...

The end!






segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Família na África: Joanesburgo, Lion Park e Elephant Sanctuary - parte 2

Continuação...

No dia 27, meus pais e minha irmã partiram para a África do Sul. Eu fui trabalhar e viajei somente a noite para Maputo. Dormi no aeroporto para que eu pudesse pegar o primeiro voo para Joanesburgo no dia 28 cedo. Chegando em Joanesburgo, o nosso guia turístico, que super recomendo, estava me esperando. O nome dele é Sydney Sachiwo (www.nzewetours.co.za), de origem do Zimbabué, mas casado com uma moçambicana e fala português perfeitamente, além de outras línguas locais.

O city tour por Joanesburgo começou no Top of Africa, um prédio comercial de 223 metros, 50 andares, no centro da cidade, que foi por 41 anos o mais alto da Africa. Fomos até o ultimo andar e de la é possível ter uma visão de 360 graus da cidade e da devastação das minas de ouro.
A próxima parada foi o Apartheid Museum, ou o Museu do Apartheid. Premiado e aclamado internacionalmente, foi inaugurado em 2001 e conta em todos os detalhes a história do Apartheid, um regime que assolou a população negra sul-africana durante o século XX e marcou para sempre a história do país, e cujo princípio básico era a segregação racial, com uma clara divisão e distanciamento entre a população branca e a população negra. É uma verdadeira aula de história, principalmente para os leigos no assunto, como eu, que pouco sabia sobre o regime e acabei aprendendo bastante no museu.


Entrada do museu

Continuamos o passeio e a próxima parada foi o bairro de Soweto, considerada a maior e mais conhecida favela da África do Sul. Com grande importância histórica e cultural, há várias atrações que podem ser visitadas.

Como católicos, decidimos parar na Igreja Regina Mundi, para agradecer pelo passeio. Não foi apenas mais uma visita, mas uma outra aula de história. Essa igreja desempenhou um papel fundamental na luta contra o apartheid.  As reuniões políticas na maioria dos locais públicos foram proibidos, e assim a igreja tornou-se o principal lugar onde as pessoas do Soweto poderiam se reunir e discutir sobre politica, dando assim a reputação de ser um dos principais centros de ativismo anti- apartheid.  Em junho de 1976, quando os estudantes foram baleados pela polícia em Orlando West, muitas pessoas fugiram para Regina Mundi. A polícia entrou na igreja disparando. Ninguém foi morto, porém a própria igreja foi danificada, sendo que tanto o seu interior, como as paredes externas da igreja ainda carregam os sinais dos tiroteios.
Os vitrais restaurados são lindíssimos e no altar principal, tivemos a feliz surpresa de encontrar uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, o que fez com que nos sentíssemos mais abençoados pela viagem.
Almoçamos em Soweto e fomos posteriormente visitar outras atrações do local: a Nelson Mandela House e Hector Pieterson Square.
O primeiro trata-se da casa onde Nelson Mandela viveu entre 1946 e 1962, e onde após ser libertado morou por apenas 11 dias. O interior do museu abriga alguns móveis e objetos originais, bem como fotografias e citações de Mandela. Vale a pena a visitação!



Entrada da Casa de Mandela
O Hector Pieterson Square trata-se de uma praça com um memorial a Hector Pieterson, um garoto sul-africano de 13 anos morto nos braços de uma colega que fugia de policiais durante os confrontos ocorridos em Soweto, durante o Apartheid. Ele tornou-se conhecido devido a uma fotografia que foi publicada por todo o mundo no dia seguinte à tragédia. Impossível não se comover no local. O nosso guia deu maior veracidade a todos os fatos, pois por ser negro conseguiu nos passar uma visão sentimental realista.


Nossa ultima parada foi no Soccer City, estádio que abrigou a partida inicial da Copa do Mundo de Futebol da África do Sul, em 2010. Segundo nosso guia, a maioria dos estádios estão sendo sub-utilizados, gerando custo ao pais. 

Soccer City

Finalizando o dia, fomos jantar no famoso restaurante Moyo. Com uma seleção incrível de comidas exóticas e especializado em cozinha africana, este restaurante se localiza na área de Melrose Arch. O ambiente é bem descontraído e decorado e os funcionários vestem trajes típicos. Há ainda a possibilidade de se pintar o rosto e, se sentar na parte de dentro, apreciar um show com musicas africanas. 

Restaurante Moyo



No dia 29, fizemos o check out do Protea Hotel Balalaika Sandton (recomendo) e pegamos a van rumo ao Lion Park, localizado a 20 km do distrito de Sandton. Como o próprio nome já diz, é o Parque dos leões. A área do parque é o lar de mais de 85 leões, incluindo os raros leões brancos, que são a principal atração do local. Pode-se dizer que o parque é um misto de safári com zoológico, pois ao mesmo tempo em que a maioria dos animais vivem soltos livremente em seu habitat natural, alguns estão dentro de jaulas e cercados para serem observados pelos visitantes.

Fizemos a visitação ao parque em duas etapas. A primeira etapa é uma espécie de safári, que pode ser realizada de forma auto-guiada em veículo próprio. Nada muito emocionante, mas vale a pena pelos leões brancos e seus filhotes.


Já a segunda parte é feita a pé, num estilo mais zoológico, onde é possível alimentar girafas e avestruz, além de poder tocar e brincar com os filhotes de leão. Recomendo, nem que seja para tirar uma foto da aventura!

Alimentando uma girafa


Fofinhos, mas deu um medinho
A aventura continuou no Elephant Sanctuary, local onde participamos de um programa de interação com os elefantes. Primeiramente fomos levados para uma área florestal, no qual ouvimos algumas curiosidades dos elefantes africanos e pudemos tocar e interagir com os eles, além de tirar fotos.

Foto oficial da viagem!
Depois pudemos ainda alimenta-los e dar uma volta com eles segurando na tromba. 

Continua...





"As criaturas que habitam esta terra em que vivemos, sejam elas seres humanos ou animais, estão aqui para contribuir, cada uma com sua maneira peculiar, para a beleza e a prosperidade do mundo." Dalai Lama