segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Família na África: Tete - parte 1

Compartilhar experiencias com a minha família é a melhor forma de mostrá-los que apesar das minhas "loucuras", eu sou uma "louca" consciente... Esse post está atrasado 2 anos, mas é para que eu sempre possa ter na memória essa viagem maravilhosa...
E foi assim que em 21 de Dezembro de 2012, minha família desembarcou no calor do aeroporto de Tete. A primeira frase que ouvi da minha irmã: Eu sabia que você morava no fim do mundo, mas sabia que era tão fim assim!

Aeroporto de Tete
No dia 22, Sábado, saímos cedo para um city tour na região. Primeira parada foi a Igreja de Boroma, localizada cerca de 30 minutos de Tete e estrada totalmente de terra batida. Foi uma aventura com o meu Jeepinho passar pelos buracos, poças d'água e cabritos. Mas como compensação a paisagem é lindíssima, tendo o Zambeze por companhia. 
A história desta igreja jesuíta tem origem na segunda metade do século XIX, quando missionários resolveram instalar-se naquele local pregando e alfabetizando a população.

Igreja de Boroma
Ponte do Rio Zambeze
Fizemos uma pausa para o almoço e mais ao final do dia fomos visitar a ponte do Rio Zambeze e ver o por-do-sol da torre de televisão, local com visão única e surpreendente da mistura e dos poderes da cidade de Tete. A área onde a torre se localiza é cercada e com um segurança, mas com uma conversa e um refresco é possível entrar neste mirante desconhecido pela maioria das pessoas. Fiquei muito feliz de compartilhar esse momento com a minha família, pois tenho guardo daquele local boas lembranças.


No dia 23, Domingo, colocamos o pé na estrada cedo para irmos ao Songo. Fizemos o passeio na barragem para ver os crocodilos e hipopótamos e almoçamos o tradicional peixe pende.


Passeio na Barragem de Cahora Bassa
No dia 24, começamos os preparativos para a ceia de Natal. A Arsenia, minha ajudante, trouxe sua filha Isolandra para passar o dia conosco. Minha irmã que adorou a companhia e aproveitou para brincar bastante com ela.

Mari e Isolandra brincando de casinha
A tarde fomos fazer o cabelo. Minha irmã branca e do cabelo loiro e liso virou a grande atração do cabeleireiro. As mulheres ficavam olhando para ela como se não entendessem o por que dela querer trançar o cabelo.

Voltando para casa, uma grande chuva se formava. Ela caiu intensamente e permitiu que a experiencia de estar por uns dias em Tete fosse completa: faltou luz por cerca de 2 horas, ninguém podia tomar banho e para completar houve uma invasão de formigas saúvas pelo ralo do banheiro. O resultado foi uma correria com água quente para matá-las.  Hoje rimos da situação, mas foi tenso.

Apesar do ocorrido, a ceia de Natal foi excelente. Tivemos a presença ilustre do Diretor Altiberto (leia essa frase de uma forma irônica) e de grandes amigos. Fizemos amigo secreto, do modelo de roubar presentes, o que gerou muitas risadas. 


Ceia de Natal

No dia 25 de Dezembro de 2012, deixamos a tradição do almoço natalino e fomos até a comunidade de Capinga distribuir presentes. Eu tinha trazido do Brasil bolas e a Ana Cláudia brinquedos para diversas idades. O Eneias providenciou uma bomba automática para encher as bolas e lá fomos nós. O calor não atrapalhou a festa e a comunidade agradeceu da forma mais singela possível: cantando e dançando.
Almoçamos as sobras do dia anterior e tudo estava uma delicia!

Felicidade
No dia 26, tive que ir trabalhar, mas no começo da tarde recebi a visita ilustre dos meus pais e da minha irmã que foram conhecer a mina e ainda tiveram a chance de ir passear em um caminhão fora de estrada. 
Continua...
Eles também tiveram que usar EPIs

"Quando o assunto é família, no fundo ainda somos crianças não importa o quão velho ficamos sempre precisamos de um lar para chamar de lar. Porque sem as pessoas que você mais ama, você não pode evitar em se sentir sozinho do mundo." Autor desconhecido

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